segunda-feira, 1 de março de 2010
O Homem que Amava os Livros
“Não faço nada sem alegria. ... Eu chamo essa compulsão patológica pelos livros de loucura mansa. Mas não sei como viveria nesse mundo se os livros não existissem."
José Mindlin é um grande herói. Leu durante toda a vida mais de 6 mil livros. Tinha uma média de 100 livros por ano.
Em comum, tínhamos a profissão e a paixão pelos livros. Mas ele foi além e se tornou bibliófilo e filantropo, doando boa parte de sua riqueza ao país. Será feita uma biblioteca na Universidade de São Paulo com boa parte do seu acervo de escritores brasileiros. Dentre eles, as primeiras versões das obras de Padre Antônio Vieira e Graciliano Ramos.O nome da biblioteca será Brasiliana Guita e José Mindlin e está prevista sua conclusão no ano de 2012. No entanto, muitas obras já foram escaneadas e podem ser consultadas pela internet. O Download é gratuito e já está disponível. Vai lá.
Ele trabalhou na redação do Estadão na década de 30, quando tinha apenas 15 anos. Hoje, ao entrar no jornal, percebi o quão especial é o meu trabalho. Além de notícias, esse jornal guarda histórias de pessoas extaordinárias. Além disso, advogou e se tornou empresário, foi durante muitos anos presidente da empresa Metal Leve. Nesse periodo entregava a seus funcionários um livro juntamente com a cesta de Natal para despertar o hábito da leitura entre seus funcionários.
Eis aqui, uma entrevista do leitor voraz que deixará saudades aos amantes da boa literatura.
Veja aqui o agradecimento emocionante de uma dessas crianças que passaram a ler por incentivo desse grande homem.
Dono de uma das mais espetaculares coleções do País, com quase 30 mil volumes, há quase 20 anos tem o seu ex-libris, frase, em francês, retirada dos Ensaios de Montaigne : “Je ne fait rien sans gayeté” (“eu não faço nada sem alegria”).
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Imagina ler 100 livros por ano? Eu bem que queria fazer isso
ResponderExcluir^^
Beijoss
Gostei do teu cafofo! Cheguei nele via Jane Austin. Estou nesse momento assistindo A Casa do Lago. Triste né o Mindlin se foi. Lembro dele quando era presidente da Metal Leve e mandou colocar o primeiro out-door com movimento. Um visionário. Acho que vou postar algo em meu blog sobre ele. Passa lá: www.cantodonelson.blogspot.com
ResponderExcluirbye.
Nelson
Nossa, eu me considerava um devorador de livros, mas esse cara era uma traça!rs
ResponderExcluirBacana. Aliás, vc tem o dom de nos presentear com belas dicas e excelentes textos.
Beijos
Ana, ele deixou livros, uma história de vida bonita e saudade:)
ResponderExcluirBj
Opa, ótima dica, Ana!
ResponderExcluirE demorou pra gente armar esse HH, né???
Um cara admirável. Um exemplo para todos nós :)
ResponderExcluirLer mais para ser mais!
Oi, minha amiga!
ResponderExcluirHá alguns anos atrás, desenvolvi um projeto para a Metal leve, e naquela época pude notar a influência de José Mindlin sobre os funcionários, despertando neles o hábito da leitura. Era comum ver operários após o almoço, sentados embaixo de uma árvore e com um livro às mãos. Isso não seria nenhuma novidade, se acontecesse em países desenvolvidos, mas, em se tratando da nossa "terra brasilis"...
Adorei o post.
Aquele beijão!
tava lendo o coment do chico e fiquei pensando como é preciso pouco pra influenciar alguém né.
ResponderExcluirafinal por um livro junto com a cesta nem custa tanto.
o cara é um exemplo mesmo
Ana, realmente perdemos uma grande figura que só contribuiu para a cultura do nosso país. Um homem a favor do povo. A minha família é feita de devoradores de livros, tanto que muitas obras são doadas para as universidades daqui do Sul.Somos feitos de livros como diz um tio meu, sem contar uma prima escritora, outra dona de editora e um primo dono de uam livraria.rs
ResponderExcluirVocê acredita que eu tinha um tio que comprou o apartamento do lado do seu só pra abrigar a vasta biblioteca. Lembro de uma cena muito viva pra mim, entrei neste apartamento recheado de livros e quis ir no banheiro, quando cheguei lá não deu, era livro até na banheira...rs
bjos meus e boa semana!