sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Big Brother


Engano seu. Eu não vou falar sobre o programa global que já dura quase 10 anos. Talvez somente nessas primeiras linhas, mas o resto é uma história que presenciei.

O Big Brother foi legal quando era novidade, agora já encheu um pouco. É sempre a mesma história: enchem a casa de mulher bonita e gostosa, uns caras fortões e alguns patinhos feios que no final acabam ganhando o prêmio. Não tem mais emoção, ficou chato.

Sábado à noite, num desses que a gente está de bode e sem vontade de sair, eu e o namorado pedimos uma pizza e víamos um dvd em casa. Eu estava no telefone com uma amiga que me ligou para tentar me convencer a sair. Tínhamos apertado pausa no filme para o xixizinho do namorado.

De repente ele sussurra no meu ouvido (o que estava desocupado – no outro estava o telefone), os vizinhos estão transando, vem ouvir.

Ele estava num misto de empolgação e safadeza. Não resisti, contei o que ia fazer à minha amiga e desliguei, prometendo depois contar tudo para ela.

Fomos para o banheiro do cafofo. No meu prédio, assim como na maioria dos prédios, existe aquele vácuo entre os apartamentos, que parece formar uma acústica perfeita por onde o som se propaga e parece que o vizinho está no nosso apartamento e não no dele.

Apagamos a luz do banheiro para ouvir na plateia vip. O homem estava gemendo e nem sinal da mulher: com certeza, estava utilizando seus lábios e sua língua, mas não era para falar.

Olhei para meu namorado, ele deu uma risadinha safada e balançou as mãos. Como as crianças fazem quando estão fazendo coisa errada.

A mulher então, diz que agora era a vez dele. A mulher é menos discreta. Além de gemer ela dá instruções: lambe mais forte, assim, assim, vai, isso, ai que gostoso. Saio do banheiro para dar risada. Nossa, parece filme pornô em rádio. Mulher safada, essa...

Voltei ao banheiro, meu namorado cochichou no meu ouvido “eles começaram a transar”. Dei uma risadinha para ele. Segura peão!

A mulher gemia e falava palavrão feito doida, Meu Deus! Eu só vou repetir o “vai, mete, enfia”. Era daí para baixo. Uma putaria só. Meu namorado estava adorando. Comecei a achar chato. Saí do banheiro e voltei para sala. Me senti invadindo a privacidade do casal apaixonado, aproveitando a intimidade deles num sábado à noite.

Meu namorado voltou, depois de alguns minutos falando que os dois gozaram juntos.

Prometi que nunca transaria no chuveiro de casa. Eu hein, vai que alguma louca resolve escrever sobre isso num blog.

O pior é ter que cruzar com a “safada” pelo elevador e corredor do prédio. Dá vontade de avisar “olha, melhor você gemer mais baixo no banheiro, porque dá para ouvir tudo”, mas é claro que não faço isso. Se bobear ela gosta ...

Um comentário:

  1. O mais chato é ser "o cara"...

    Eu tenho que ficar fazendo "xxxxiu" pq a "dona patroa", perde a noção e faz mais barulho que escola de samba.

    Detalhe: no meu prédio, eu escuto até bufa dos vizinhos... imagine a cidadã gritando mais do que uma porca sendo sangrada...

    Juro que não é engraçado... pelo menos, pra mim não... puta vergonha!

    E dá-lhe briga depois: "- ai... vc me mandou calar a boca... quase broxei..."

    vsf !!!!

    hahaha

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