domingo, 25 de janeiro de 2009

Cineminha



Algumas vezes saio do cinema e entendo o porquê dele ser considerado a sétima arte . Tem filmes que emocionam e te fazem pensar. Quando assisti a “Sete Vidas” (Seven Pounds), esse final de semana, foi exatamente o que aconteceu.

Eu estava um pouco mal humorada por conta de algumas chateações no trabalho e não estava nos meus melhores dias. Já fazia quase um mês que queria assistir a esse filme e dei um ultimato no meu namorado: ou íamos esse fim de semana assisti-lo ou iria sozinha na segunda-feira. Ele não gosta de ir ao cinema durante a semana e eu acho simplesmente uma delícia.

Ciente de que a “ameaça” se concretizaria ou talvez para me agradar, ou talvez pela união das duas coisas, lá fomos nós para o escurinho. Li o roteiro que dizia ser um bom filme, não explicando muito bem a razão disso. Fiquei curiosa e resolvi conferir.

Não vou contar o filme, só vou dizer que é um desses que você escuta o cinema inteiro fungando e assoando o nariz. Sai de lá totalmente diferente de quando entrei e adoro quando isso acontece. Por isso mesmo é que o cinema é mágico.

Eu já tinha lido uma vez no discurso do Steven Jobs, mas só agora uma frase sua fez sentido para mim. Só agora rolou o “click” ou caiu a ficha: todos os nossos problemas são infinitamente menores perto da morte.
Saí do cinema me sentindo ridícula por estar chateada por um motivo idiota e pior, estragando o meu fim de semana e o do meu namorado.

Enquanto todos choravam ao sair do cinema, eu sorria. Entendi o motivo pelo qual tinha mesmo que assistir a esse filme e também aproveitei para tirar um sarrinho do meu namorado que, apesar de negar até a morte que tinha chorado, estava com os olhinhos vermelhos.

Não sou dessas pessoas que estão sempre de bom humor e para quem os problemas são sempre pequenos, mas confesso que gostaria de ser. Ficar mal humorada não resolve nada e a vida passa muito rápido. Toda vez que meu namorado me vê com essa cara azeda, me dá um beijo no cabelo e diz no meu ouvido: “be positive”. É exatamente por isso que eu vou casar com ele. Ele consegue me fazer sorrir quando tudo parece desmoronar e vibra comigo quando tudo vai bem. Ele me pega pelos braços e dança comigo, num domingo qualquer, como hoje, alguma música do Frank Sinatra ou do Charles Aznavour, na sala do cafofo, com os dois ainda de pijamas.

Esse texto é um puxão de orelha em mim e em você que, assim como eu, reclama da vida e fica mal humorada. Quando nos sentirmos assim, de agora em diante, vamos agradecer. Agradecer por estarmos vivas e com saúde. Agradecer por sermos completas, inteiras e que podemos realizar qualquer sonho. Basta sermos positivas. “Be positive”.
--------------------------
O termo sétima arte para designar o cinema foi dado por Ricciotto Canudo no Manifesto das Sete Artes, em 1911. Essa referência é apenas indicativa, cada uma das artes é caracterizada pelos elementos básicos que formatam sua linguagem e classificadas da seguinte forma: 1ª Arte - Música (som); 2ª Arte - Dança/Coreografia (movimento); 3ª Arte - Pintura (cor); 4ª Arte - Escultura (volume); 5ª Arte - Teatro (representação); 6ª Arte - Literatura (palavra); 7ª Arte - Cinema (integra os elementos das artes anteriores somado a 11ª). Fonte: wikpedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_das_Sete_Artes)

2 comentários:

Related Posts with Thumbnails