sábado, 10 de janeiro de 2009

Kilove


Hoje, indo almoçar num desses restaurantes por quilo, estava com uma colega do trabalho, aguardando aquelas bandejas onde colocamos o prato, chegarem, porque tinham acabado.

Acho extremamente desagradável ter que esperar trazerem os utensílios de cozinha. Oras, porque é que num restaurante não estocam essas coisas? Afinal elas são insumos para que o produto e objeto social do restaurante, ou seja, a comida, seja consumida. Como podem faltar pratos, talheres e bandejas? O mesmo acontece no supermercado onde faço compras: chego lá no horário de rush: perto das 7 da noite e não têm cestinhas!!!! Como assim? Onde as pessoas devem colocar os produtos que vão comprar, no bolso? E não adianta querer defender os gerentes e donos de supermercados dizendo para eu pegar um carrinho. Como moro sozinha, não adianta comprar um monte de salada, por exemplo, pois no dia seguinte o alface já virou repolho. Enfim ... As compras têm que ser pequenas e constantes e, para isso, o carrinho é um exagero, além de criar o maior trânsito no supermercado.

Eu acho que tem muita gente que mora sozinha no meu bairro. Olho as cestinhas das pessoas (quando elas conseguem uma, é claro, caso contrário é um tal de papel higiênico no sovaco, mortadela, presunto e pão se equilibrando em uma das mãos e na outra, um refrigerante ou uma cerveja). Com esses snacks, que muitas vezes são janta, nas mãos dos demais clientes do supermercado, cheguei a conclusão de que eles também moram sozinhos, ou as famílias passaram a comer junk food de vez, mas não parece o caso.

Voltando ao restaurante, o funcionário trouxe as famigeradas bandejas. A essa altura já tinham se aglomerado algumas pessoas esperando as malditas e claro, todos estavam afoitos, pois com fome não se brinca. Eis que no momento em que ensaio o movimento de retirar uma, passa a minha frente uma loira meio gordinha e praticamente arranca a bandeja das minhas mãos. Nessas situações sempre imagino a pessoa sofrendo as maiores atrocidades possíveis, como por exemplo, eu ligando um lança chamas em cima da minha vítima e ela se debatendo e gritando e pedindo clemência e eu gargalhando e adorando o seu sofrimento. Nunca fiz terapia, mas acredito que os médicos diagnosticariam isso como uma forma de escape da minha agressividade engaiolada ou algo do tipo. Após mentalizar uma forma de tortura chinesa para a dita, olhei para a minha colega que estava ao meu lado e ela soltou: “ainda bem que é doutora médica e não doutora advogada como a gente. E depois nós é que somos cascas-grossa”. Reparei melhor na loura-médica-gordinha e mal educada e ela estava com o jaleco do hospital onde trabalhava. Além de tudo era porca. O restaurante fica perto de um hospital e existem pedidos em letras garrafais pendurados pelo restaurante: “FAVOR NÃO VIR DE JALECO”. Juro que se pegasse alguma pereba processaria a loura-médica-gordinha e mal educada e não o restaurante.

Pior que isso é ter que enfrentar, na hora de pagar a conta nos caixas (no restaurante ou no supermercado), aquelas pessoas que apressadas, ficam em cima de você te pressionando. Já reparou? Nossa, como se o fato de se esfregarem em você fosse agilizar o atendimento. Isso quando você não tem que digitar a senha do cartão de débito praticamente em cima do infeliz que já pegou todo o seu espaço. Torno a utilizar o método Ana Paula de tortura chinesa para não ganhar uma gastrite e solto aquele olhar de ainda te mato um dia. Funciona, pode experimentar para ver.

Acho que hoje estou um pouco reclamona. Melhor parar por aqui.

2 comentários:

  1. Nossa!!! Me fala onde fica esse hospital para eu nunca ir lá!!! rsrsrs...
    Realmente, eu também odeio essas pessoas que ficam te empurrando!!!
    Belo texto!

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  2. Ana, o duro é vc estar morrendo de fome e ter a sua frente aquela pessoa q enche o prato de arroz. Grão a grão...dai-me paciência!!

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