
Ela decidiu que esse ano seria diferente. Chega de lamentações. Chega de lamúrias. Esse ano prometia. Não, você está enganada. Ela não prometeu perder cinco kilos e ir a todos os shows dos artistas que ela gosta, nem ler todos os livros que pretendia (no mínimo um por mês) e parar de gastar no cartão de crédito. Nananinanão!
Ela prometeu para ela mesma que iria dar muito mais para o namorado. Isso mesmo que você está lendo: a perseguida, a xoxota, buceta, racha, capô de fusca, xana, gruta do amor ou qualquer outra variação de vagina que você conhecer.
Se você é pudica e já colocou a mão na boca com expressão de “nossa, que descarada”, melhor parar de ler agora, porque o negócio vai esquentar.
Eu tenho uma teoria sobre essa história de dar a perseguida ou as suas variações: nenhuma mulher dá nada, ela no máximo cede, vamos combinar? Sim, porque se ela termina com o seu homem, pratica a teoria do “lavou, tá nova” e lá vai ela lavar a perseguida e ceder para outro cara.
Márcia, uma menina simpática, inteligente, decidida e workaholic tinha apenas um problema: não gostava de ficar pelada para o namorado. Eles se davam muito bem, mas muito bem mesmo. Compartilhavam o mesmo gosto por restaurantes, por filmes, por sorvete de maçã e por suco de cupuaçu. O único melindre era na hora de “virar os olhinhos”. Coitado do Zé Firmino, seu namorado.
Ele tinha que fazer todas as peripécias físicas e psicológicas para dar um trato na patroa. Ela se esquivava mais do que azeitona em boca de banguela, e ele, cansado de fazer justiça com as próprias mãos, resolveu dar um ultimato na namorada: ou eles transavam mais, ou ele iria procurar outra. Já tinha até o alvo: a Julinha, aquela vizinha gostosa do apto 43 que vivia dando mole pro Zé Firmino, mas ele, fiel, resistia a todas as investidas da “vagaba”.
O pior é que a Márcia não cedia a perseguida, não porque não tinha vontade, mas era por pura vergonha de seu corpo. O pneuzinhos da barriga sempre pulavam enquanto ela cavalgava e ela achava que o seu namorado sempre olhava para eles enquanto transavam.
Mas isso era página virada. Márcia, a partir de hoje, seria uma “rasgadeira”. Daria até assar.
Resolveu fazer uma surpresa ao Zé Firmino e foi a um sex shop com uma amiga. Comprou vários acessórios para apimentar sua vida sexual. Ela adorou a sessão de vibradores e dos pintos de borracha que encontrou. Tinha de todos os tamanhos e formatos (tinha até de negão, na cor chocolate mesmo!).
O ano começou bem, pensou ela, nunca vi tanto pinto junto! Deu até vontade de voltar para casa e dar uma “cavalgadinha” com o Zé Firmino. Foi exatamente o que ela fez.
Chegou em casa, acendeu umas velas e arrumou a cama. Colocou o espartilho e aquela fitinha na perna que deixa a mulher com jeito de atriz de filme pornô.
Ligou para o Zé Firmino e mandou ele vir urgente para casa porque tinha se acidentado e precisava ir ao hospital. Ele ficou desesperado e saiu dirigindo feito louco pela cidade para salvar a amada. Achou que ela tinha cortado os pulsos, tendo em vista a "DR" que tiveram.
Enquanto isso, a Márcia colocava o vinho tinto no congelador só para dar aquela geladinha e atingir a temperatura ideal de 16º. Toca a campainha. Um segundo depois ela escuta murros desesperados na porta. Zé Firmino grita afoito para que a namorada abra a porta.
Ela então abre a porta e de roupão, agarra o colarinho do Zé Firmino e dá um beijo “desentope pia" nele. Antes que ele esboçasse qualquer reação, ela tira o roupão e entrega o vinho para ele abrir. Ele fica boquiaberto por 30 segundos, sem qualquer movimento.
Márcia então dá uma risadinha safada, se aproxima de Zé Firmino e sussurra em seu ouvido: não pediu, agora agüenta.
Os dois voltaram a se agarrar e foram para a cama. O resto você pode imaginar. Não posso mais falar palavrão nem descrever cenas eróticas, porque esse, apesar de não parecer, é sim um blog de família
Moral da história: melhor um pneuzinho pulando e seu namorando te amando do que ficar chupando o dedo, como ficou a Julinha.
Obs: DR - discussão de relação
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