sábado, 10 de janeiro de 2009

Resolução de Ano Novo


Ela decidiu que esse ano seria diferente. Chega de lamentações. Chega de lamúrias. Esse ano prometia. Não, você está enganada. Ela não prometeu perder cinco kilos e ir a todos os shows dos artistas que ela gosta, nem ler todos os livros que pretendia (no mínimo um por mês) e parar de gastar no cartão de crédito. Nananinanão!

Ela prometeu para ela mesma que iria dar muito mais para o namorado. Isso mesmo que você está lendo: a perseguida, a xoxota, buceta, racha, capô de fusca, xana, gruta do amor ou qualquer outra variação de vagina que você conhecer.

Se você é pudica e já colocou a mão na boca com expressão de “nossa, que descarada”, melhor parar de ler agora, porque o negócio vai esquentar.

Eu tenho uma teoria sobre essa história de dar a perseguida ou as suas variações: nenhuma mulher dá nada, ela no máximo cede, vamos combinar? Sim, porque se ela termina com o seu homem, pratica a teoria do “lavou, tá nova” e lá vai ela lavar a perseguida e ceder para outro cara.

Márcia, uma menina simpática, inteligente, decidida e workaholic tinha apenas um problema: não gostava de ficar pelada para o namorado. Eles se davam muito bem, mas muito bem mesmo. Compartilhavam o mesmo gosto por restaurantes, por filmes, por sorvete de maçã e por suco de cupuaçu. O único melindre era na hora de “virar os olhinhos”. Coitado do Zé Firmino, seu namorado.

Ele tinha que fazer todas as peripécias físicas e psicológicas para dar um trato na patroa. Ela se esquivava mais do que azeitona em boca de banguela, e ele, cansado de fazer justiça com as próprias mãos, resolveu dar um ultimato na namorada: ou eles transavam mais, ou ele iria procurar outra. Já tinha até o alvo: a Julinha, aquela vizinha gostosa do apto 43 que vivia dando mole pro Zé Firmino, mas ele, fiel, resistia a todas as investidas da “vagaba”.

O pior é que a Márcia não cedia a perseguida, não porque não tinha vontade, mas era por pura vergonha de seu corpo. O pneuzinhos da barriga sempre pulavam enquanto ela cavalgava e ela achava que o seu namorado sempre olhava para eles enquanto transavam.

Mas isso era página virada. Márcia, a partir de hoje, seria uma “rasgadeira”. Daria até assar.
Resolveu fazer uma surpresa ao Zé Firmino e foi a um sex shop com uma amiga. Comprou vários acessórios para apimentar sua vida sexual. Ela adorou a sessão de vibradores e dos pintos de borracha que encontrou. Tinha de todos os tamanhos e formatos (tinha até de negão, na cor chocolate mesmo!).

O ano começou bem, pensou ela, nunca vi tanto pinto junto! Deu até vontade de voltar para casa e dar uma “cavalgadinha” com o Zé Firmino. Foi exatamente o que ela fez.

Chegou em casa, acendeu umas velas e arrumou a cama. Colocou o espartilho e aquela fitinha na perna que deixa a mulher com jeito de atriz de filme pornô.

Ligou para o Zé Firmino e mandou ele vir urgente para casa porque tinha se acidentado e precisava ir ao hospital. Ele ficou desesperado e saiu dirigindo feito louco pela cidade para salvar a amada. Achou que ela tinha cortado os pulsos, tendo em vista a "DR" que tiveram.

Enquanto isso, a Márcia colocava o vinho tinto no congelador só para dar aquela geladinha e atingir a temperatura ideal de 16º. Toca a campainha. Um segundo depois ela escuta murros desesperados na porta. Zé Firmino grita afoito para que a namorada abra a porta.

Ela então abre a porta e de roupão, agarra o colarinho do Zé Firmino e dá um beijo “desentope pia" nele. Antes que ele esboçasse qualquer reação, ela tira o roupão e entrega o vinho para ele abrir. Ele fica boquiaberto por 30 segundos, sem qualquer movimento.

Márcia então dá uma risadinha safada, se aproxima de Zé Firmino e sussurra em seu ouvido: não pediu, agora agüenta.

Os dois voltaram a se agarrar e foram para a cama. O resto você pode imaginar. Não posso mais falar palavrão nem descrever cenas eróticas, porque esse, apesar de não parecer, é sim um blog de família

Moral da história: melhor um pneuzinho pulando e seu namorando te amando do que ficar chupando o dedo, como ficou a Julinha.

Obs: DR - discussão de relação

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