domingo, 8 de fevereiro de 2009

A verdade


“Life is not meant to be easy, my child; but take courage: it can be delightful.” George Bernard Shaw


Hoje eu fui almoçar sozinha. Não porque eu seja uma pessoa chata, nada disso (penso eu) é que tinha que liberar um prazo e meu almoço começou às duas e meia da tarde.

Acho muito deprimente almoçar sozinha, não sei explicar por quê, mas acho. Talvez seja importante, para mim que sou mulher, falar durante essa uma horinha de descanso do trabalho. Mas não houve acordo. Fomos eu e uma revista, ao restaurante.

Lá chegando pedi um fettucine a bolonhesa, fiquei esperando o prato e como não tinha com quem falar li um trecho de uma revista cujo título e trecho a seguir me intrigaram: “viajar para quê – a causa única da infelicidade do homem está no fato de ele não saber ficar tranqüilo em seu quarto”.

Quando meu prato chegou, agradeci a garçonete e fiquei pensando sobre o que tinha acabado de ler. Já tinha pensado nisso quando assisti a “Foi apenas um sonho” (Revolutionary Road em cartaz com Kate Winslet e Leonardo Di Caprio), mas como esse assunto está me perseguindo, acho que devo escrever sobre ele, assim, talvez, ele se liberte e saia da minha cabeça.

Well, antes que você me ache doida, o que estou querendo dizer desde o começo (nossa como advogado é prolixo) é que a felicidade está dentro da gente.

Você pode viajar e dormir nos melhores hotéis. Você pode ter o máximo de conforto em sua casa, você pode ter um veleiro a sua disposição para desbravar praias paradisíacas de areia branca e água limpa. Se você não estiver bem com você mesmo, meu amigo, não tem nada nem ninguém que vai resolver seu problema. A não ser você mesmo.

Parece meio clichê, mas esse texto que li, combinado com o filme que vi, são um retrato de que a vida é isso aí: você contra você mesmo, o tempo todo. É a sua consciência que te faz perder noites de sono por conta de algo que disse e não devia, ou não disse, mas deveria.

É você quem deita a cabeça no travesseiro e naquele minuto imediatamente anterior ao seu suspiro de sono, que tem que se sentir bem com você mesmo. E você pode estar deitado em qualquer lugar do mundo, isso é irrelevante. Tudo o que você precisa na vida, está dentro de você.

Tanto o filme quanto a revista me mostraram isso, cada um a sua forma, cada mensagem a sua maneira. É mais ou menos o que fala a propaganda da Mastercard: “existem coisas que o dinheiro não compra”. Estar bem consigo mesmo, é uma delas, com certeza. Verdade absolutamente verdadeira.

Um comentário:

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